sábado, 19 de setembro de 2015

O exército americano liderado por um gay assumido - está errado?


O presidente americano, Barack Obama, indicou nesta sexta-feira (18/09) o Sr. Eric Fanning como próximo secretário do Exército, segundo comunicado feito pela Casa Branca. Fanning é o atual subsecretário do Exército e já trabalhou como subsecretário da Força Aérea e chefe de gabinete do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter. Apesar do seu nome ainda ter que passar por confirmação no Senado norte-americano, a sua simples indicação já gerou uma enorme polêmica pelo fato de Fanning ser um gay assumido. Caso aprovado, Fanning seria o primeiro gay a liderar uma das Forças Armadas na história americana.

O secretário de defesa, Ashton Carter, anunciou durante a celebração do orgulho gay e lésbico deste ano, que o Pentágono endureceu sua política de oportunidades igualitárias para proibir a discriminação baseada na orientação sexual. Em comunicado feito nesta sexta, o presidente Obama disse estar confiante na liderança de Eric Fenning frente ao exército e acreditar na sua experiência pregressa, o que foi visto pelos ativistas como um sinal de progresso na proteção dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) dos homens e mulheres da maior força militar do mundo.

Até a confirmação do seu nome, Fenning e o governo Obama passarão ainda por muitas críticas, não só por parte da oposição mas também dos setores mais conservadores americanos. A homossexualidade pública do candidato ao cargo pode tanto ajudar como atrapalhar a sua aprovação. Isto porque o povo americano é essencialmente conservador, apesar da imagem que se tenta passar. De um lado o Partido Democrata abraça a causa do politicamente correto para, a partir dela, conseguir votos e apoio da população. Do outro lado o Partido Republicano, extremamente conservador, tenta barrar os avanços "politicamente corretos" por acreditar que estes não são tão democráticos quanto apregoam ser, o que é a mais pura verdade.

A política de oportunidades igualitárias americana não é diferente da nossa política de cotas e bolsas. Ambas são medidas populistas que visam açambarcar gregos e troianos num mesmo barco, mesmo sabendo que estes não se misturam. Um fato que os esquerdistas insistem em desprezar é que não há como acabar com um conflito gerando mais conflito. Porém, para um sistema de idéias que prega a igualdade de pensamento, este detalhe pareçe mesmo ser de somenos importância.

Uma outra leitura possível seria a de que o que o presidente Obama pretende na realidade é desmoralizar as Forças Armadas. O exército mais poderosos do mundo, com um efetivo dos mais experientes e bem treinados, além de um dos melhores equipados, ter que obedecer a um líder de "masculinidade duvidosa", arranha o brio de qualquer um que não reze a cartilha do politicamente correto.

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