Ano passado, durante manifestações de pessoas que foram às ruas protestar contra a escassez de produtos básicos, inflação e alta criminalidade, viu-se a reação exagerada das forças de segurança do Estado e das milícias paramilitares. Houveram milhares de prisões, todas arbitrárias, e inúmeros relatos de tortura. Mais de quarenta pessoas morreram durante o confronto.
Em fevereiro de 2015, próximo ao aniversário desta chacina, o governo torna oficial o uso de armas letais para o controle de manifestações. A decisão não faz distinção entre protestos pacíficos ou violentos, epenas permite o uso da força em "situação de risco mortal" contra a sociedade civil. Bem, se quando o uso da força não era permitido assistiu-se a execução de 47 manifestantes desarmados, agora podemos ver até onde Maduro se propõe a ir para impor o seu modo de governar.
Mas os venezuelanos não parecem estar dispostos a aceitar este cabresto. Sábado passado, 30 de maio, organizou-se mais uma manifestação contraria ao governo, tendo como pauta o pedido da libertação dos presos políticos. A manifestação foi chamada por um deles, o oposicionista Leopoldo Lopez, em vídeo gravado no cárcere e divulgado nas redes sociais.
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