domingo, 31 de maio de 2015

Revolução bolivariana - o "socialismo do século XXI"


Hugo Chávez, ditador venezuelano que se manteve na presidência deste país por 14 anos (02/02/1999 - 05/03/2013) era um grande admirador de Simon Bolívar - revolucionario que atuou nas guerras de independência da América Espanhola. Chavez costumava dizer que a Venezuela estava vivendo uma "Revolução Bolivariana" e que pretendia implantar o socialismo do século XXI. Certamente optou por usar esta denominação para desvincular o seu movimento do fracassado regime soviético. Com sua morte, em março de 2013, assume seu vice, Nicolás Maduro, que está no poder até hoje.



Ano passado, durante manifestações de pessoas que foram às ruas protestar contra a escassez de produtos básicos, inflação e alta criminalidade, viu-se a reação exagerada das forças de segurança do Estado e das milícias paramilitares. Houveram milhares de prisões, todas arbitrárias, e inúmeros relatos de tortura. Mais de quarenta pessoas morreram durante o confronto.

Em fevereiro de 2015, próximo ao aniversário desta chacina, o governo torna oficial o uso de armas letais para o controle de manifestações. A decisão não faz distinção entre protestos pacíficos ou violentos, epenas permite o uso da força em "situação de risco mortal" contra a sociedade civil. Bem, se quando o uso da força não era permitido assistiu-se a execução de 47 manifestantes desarmados, agora podemos ver até onde Maduro se propõe a ir para impor o seu modo de governar.



Mas os venezuelanos não parecem estar dispostos a aceitar este cabresto. Sábado passado, 30 de maio, organizou-se mais uma manifestação contraria ao governo, tendo como pauta o pedido da libertação dos presos políticos. A manifestação foi chamada por um deles, o oposicionista Leopoldo Lopez, em vídeo gravado no cárcere e divulgado nas redes sociais.


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