segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Investigações internacionais podem comprometer ainda mais o ex-presidente Lula

O elemento internacional ameaça ampliar a lista de líderes políticos citados e envolver ainda mais o ex-presidente Lula da Silva no escândalo, que encheu os cofres de empresas e bancos, mas que colocou a Petrobras e o Brasil de joelhos perante o mundo.

A Transparência Internacional - ONG que luta contra a corrupção no mundo - anunciou que pretende investigar os contratos das empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava Jato em sete países (Brasil, Venezuela, Angola, Cuba, Portugal, Peru e Panamá)  onde quatro empreiteiras venceram mais de 30 contratos com a ajuda de Lula. O propósito da investigação é apurar se  as empresas repetiam em outros países o esquema de cartel e pagamento de propina desenvolvido no Brasil pelos integrantes do PT.

No momento em que a Polícia Federal começar a investigar, encontrará uma série de obras inacabadas com orçamentos visivelmente superfaturados. Para se ter uma ideia, são aproximadamente US$ 25 bilhões para a Odebrecht apenas na Venezuela.

Para a entidade os projetos remotos construídos pela Odebrecht financiados pelo BNDES devem ser examinados minunciosamente pois podem ser apenas a ponta do iceberg de um gigantesco esquema de corrupção internacional e que investigações paralelas podem encontrar escândalos ainda maiores que os desvios na Petrobras e em outras obras no Brasil. Tal crença se baseia no fato de as investigações, apesar de já terem avançado muito, ainda estarem em fase inicial pois ainda há muito material a ser analisado.

Não se sabe ainda quanto Lula teria recebido pessoalmente, nem quantos milhões foram "doados" ao instituto que leva seu nome. Entretanto, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) divulgou dados sobre a empresa de Lula, a LILS.


Apenas a LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula, recebeu R$ 27 milhões, desde que ele deixou a presidência da República. Boa parte do dinheiro veio de empreiteiras investigadas na Lava Jato, como Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$ 1,4 milhão).


A investigação histórica já começou. Enquanto investigadores da Lava Jato se debruçam sobre a Petrobras no Brasil, outros em Brasília estão lentamente examinando contratos lucrativos concedidos a outras empresas para obras em lugares como Cuba, Equador e outros tão distantes quanto Moçambique e Angola.

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